quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Quando eu era vivo

Quando eu soube que poderia ver esse filme na pré-estreia não imaginava que ele poderia ganhar espaço aqui no "e mais" do Vitrola, ms depois de assistir, não tinha como deixar de fora.

Sim! Fui ver por causa da Sandy. Para ser sincera não sabia nada do filme e acho que não teria ido se não fosse por ela. As informações que eu tinha eram coisas do tipo: "o filme é de suspense", "é um filme de baixo orçamento", "não faz o padrão cinemão"... Tudo isso me deixava muito intrigada. Não sou a maior cinéfila do mundo, não entendo muito de cinema, na verdade audiovisual sempre foi uma área da minha formação que não me motiva muito. Gosto de ver filmes por ver, para relaxar, me distrair, curtir. Não sou muito ligada em conceitos e práticas profissionais do mundo do cinema.

Enfim, essa volta toda é para me desqualificar (isso mesmo que você acaba de ler! Não quero fingir entender de um assunto do qual não entendo. Se quiser parar de ler aqui mesmo, sinta-se à vontade.), porque não vou fazer uma análise profunda do filme e nem contar a história (como vi em alguns sites quando procurava informações e o trailer). O que me proponho a fazer aqui é falar da relação entre o filme a a música. Foi por isso que ele veio parar no Vitrola.

É interessante notar como a música permeia a história. Quando começa isso não fica muito claro, mas aos poucos ela cresce e praticamente vira protagonista. O filme consegue impactar o suficiente. O suspense funciona e garante até um ou outro susto. Nada mirabolante, mas suficiente para manter o público tenso e atento. Você fica numa constante expectativa de que algo vai acontecer.

Uma coisa que pega o espectador de jeito (pelo menos aqueles que eram crianças na década de 80) são às referências que faz aos anos em que o boneco Fofão era comum em muitas casas, apesar da lenda da adaga no seu interior e de outras histórias do tipo, como as frases "do mau" nos discos da Xuxa tocados ao contrário e outros tipos de "mensagens subliminares". Cheio de objetos da nossa infância, de costumes daquela década, de referências que nos levam a ela, o filme ganha capacidade de nos afetar de alguma forma, contudo, pela própria história, esse afeto não é do tipo bonito e feliz. O filme é soturno e acho que vai ter gente sumindo com seus bonecos do Fofão, caso ainda tenha alguém com um desses em casa.

A música vem para acrescentar a essa ambientação visual e mnemônica tensa, um estimulo aos sentidos auditivos também. Não saberia explicar, porque não tenho um repertório tão vasto, nem conhecimento específico sobre o assunto, mas não me assustarei se, em breve, souber que foram usadas referências sonoras dos anos 80 ou de alguma outra fonte, para cutucar nossas lembranças sem que a gente perceba. O próprio fato de terem chamado a Sandy, voz que está nas mentes de quem era criança na década de 80 fossem fãs de Sandy e Junior ou não, talvez já indique algo. Tudo bem! Eu posso estar viajando, mas vai que, né?


Não vou recomendar ou não recomendar. Só sugiro que, caso você goste desse tipo de filme e não goste da Sandy, não o julgue por causa dela. Ela não vai ganhar o Oscar, mas também não se saiu mal. E sua personagem também não é o centro da história.

Outro famosão presente no elenco é Antônio Fagundes (antes de descobrir o nome do filme só sabia que era "o filme da Sandy com o Fagundes". rs). Ele não canta, não toca, está bem diferente da imagem que nos acostumamos a ver na novela das 20h (ou 21h), mas confesso que eu não conseguia deixar de lembrar do "Papi Soberano" toda vez que ele aparecia. Até porque, apesar das nítidas diferenças, o filme também trabalha em cima da relação pai e filho.

Agora vou deixar vocês com o trailer e a tarefa de decidir se vão assistir ou não.


Um comentário:

  1. Eu estava tensa e atenta... rs Só me comportei pq era uma plateia de convidados e a Marjorie Estiano tava sentada na minha frente. Não queria passar vergonha. hahahahah
    E eu dormi com medo do Fofão que mais parecia o Chuck.
    E eu não era criança na década de 1980 e amo a Sandy. Aliás, nem tinha nascido na década de 80.
    E ainda tô esperando o "César" do filme ficar cego com aqueles bolinhos de chuva. rs

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